Temos dado conta que começa a ser regra em alguns recintos desportivos, a restrição da liberdade de expressão que permite aos adeptos apoiar o seu clube usando cachecóis, tarjas e outros materiais de apoio, sejam eles alusivos a grupos organizados de adeptos, registados no IPDJ/APCVD, ou não.

Esclarecemos os nossos leitores, seguidores e associados, que temos estado a seguir este assunto de perto, tendo já promovido algumas acções neste sentido :
– Já por inúmeras vezes temos questionado tanto promotores como a própria PSP dos motivos da restrição de entrada de material que em nada fere a Lei 39/2009. A resposta é, de forma sistemática, o empurrar de responsabilidades para o outro lado, sem NENHUMA resposta satisfatória ou conclusiva.
– Apresentámos, em virtude de contacto de associados nossos, a primeira queixa junto da APCVD, acerca de um destes casos de restrição totalmente arbitrária por parte do promotor desportivo. Centenas de adeptos ficaram ou privados de ver o jogo, ou privados da propriedade dos seus acessórios sem uma razão cabalmente assente na lei.
– Tomamos ainda a liberdade de sugerir a um dos organizadores de competições em Portugal que se pudesse debater este tema, porquanto todos os intervenientes fazem o que querem, achando que são a lei ou que criam lei a seu belprazer.

Esclarecemos que a restrição da liberdade de expressão através do uso de materiais de apoio aos clubes por parte dos adeptos deve, claro, ser balizada nos termos da lei. Mas a lei não é o que os promotores entendem que é. Ela é clara: deve ser vedada a entrada de material que incite o ódio, racismo, xenofobia ou outros valores anti desportivos.

Esclarecemos ainda que a liberdade de expressão nas bancadas não pode ser confundida com o apoio institucional que os clubes prestam, ou não, aos seus Goas. É uma gigante falta de respeito tratar aqueles que sustentam o desporto às suas próprias custas este rebaixar permanente da sua posição.

Aconselhamos a todos os nossos leitores e associados a fazerem-nos chegar, como tem acontecido, todos estes episódios, para que, em nome e em prol de todos nós, possamos actuar.

A Direcção da APDA.